Arte criativa com crianças

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O que significa realmente PROCESSO e não RESULTADO?

 

Significa não ter uma página repleta de pinguins idênticos e você dizendo: “mas eu deixei as crianças colarem os olhos onde elas quiseram”;
Significa não obrigar seus filhos a fazerem arte;
Significa ter papéis enormes e disponíveis;
Significa enxergar a possibilidade de fazer pintura com algo diferente além de pincéis;
Significa livrar-se das fotocópias, padrões e desenhos prontos para pintar;
Significa que você não precisa de uma fotocopiadora;
Significa que a arte não precisa parecer com nada. Nunca. Mesmo que estejamos na “semana das flores”;
Significa entender os diferentes estágios dos rabiscos (exemplos abaixo), identificados por Rhoda Kellog;
Significa não traçar modelos ou exemplos para as crianças;
Significa não desenhar para as crianças;
Significa guardar para si os comentários excessivos.

Uma boa regra: se você demora mais para preparar do que a criança para fazer... Provavelmente não é arte orientada ao processo.

Algumas dicas criativas

Sempre pergunte à criança se ela quer seu nome no papel. Se disserem sim, pergunte: “Onde você quer seu nome?”. Escreva onde a criança indicar. Se ela disser: “Eu sei escrever meu nome”, dê a caneta a ela. Se a criança disser: “Não quero meu nome no papel”, não escreva o nome dela. E não volte e escreva o nome quando ela não estiver olhando! As crianças reconhecem seu próprio trabalho e poderão ficar com ele se quiserem.

Resista à vontade de perguntar: “O que é isso?”. Aliás, resista à vontade de perguntar qualquer coisa. Se uma criança corre até você, dizendo: “Olha, olha!” faça exatamente isso: OLHE. A criança não disse “Olha e comenta”.

Se uma criança perguntar “Você gosta do meu desenho?”, devolva a questão: “VOCÊ gosta do seu desenho?”. Vire o papel de cabeça para baixo, ou em 45º e diga “E se eu segurar assim? Ou assim?”; “Deite-se que eu vou segurar acima de você, e você me diz se gosta mais assim”.

Assim que a criança indicar que terminou a pintura, desenho, criação, etc. pergunte: “você quer que eu pegue mais papel?” ou “Você precisa de mais tinta?”

Nunca faça modelos para as crianças copiarem. Evite livrinhos de colorir e desenhos prontos a qualquer custo. Dê à criança espaço para trabalhar e diversos materiais: giz de cera, canetas, marcadores, giz, cola, tesoura, pedaços de papel, fita adesiva, furador, envelopes, adesivos de formas... pedacinhos de arte!

Se você tiver que sentar para “trabalhar” com a criança, embora eu não recomende, use sua mão não dominante e copie o que a criança estiver fazendo. Deixe-os liderar, caso contrário ela
o copiará e, sem perceber, você terá criado um modelo para que ela copie. Inadvertidamente você mostrou a ela o “jeito certo” de fazer algo. A criança vai comparar a capacidade dela com a sua e com outras crianças. Isso não só cria competição como também frustração.

Arte não precisa parecer com nada.

Vinte rabiscos básicos:

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